terça-feira, 30 de abril de 2013

"Maníaco da Cruz" afirma ser pistoleiro; polícia diz que ele "fantasia"

"MANÍACO" DIZ QUE MATAVA POR DINHEIRO


Em uma entrevista concedida ao site paraguaio "Amambay Noticias",Dionathan Celestrino, o "Maníaco da Cruz", condenado por ter matado três pessoas na cidade de Rio Brilhante, a 160 km de Campo Grande, em 2008, quando tinha 16 anos, afirmou ser um matador de aluguel.
Conhecido por deixar os corpos de suas vítimas colocados em forma de cruz, Celestrino contou que usava essa medida para despistar os policiais e fazer todos acreditarem que ele seria um assassino em série.
"Agora vão me pegar para eu falar para quem eu matava. Eu matei todas as vítimas a mando de uma só pessoa", revelou sem, no entanto, dizer quem seria o mandante dos crimes.
Para a Polícia Civil, a revelação de Celestrino não passa de uma "fantasia". O criminoso já foi diagnosticado com problemas psiquiátricos.
"Todas as mortes já foram apuradas. Os casos estão todos elucidados. Celestrino é um psicopata. Ele fantasia muito as coisas", disse o delegado titular do 2º Distrito Policial de Ponta Porã, Alexandre Amaral Evangelista, ao UOL.

Criminoso está em Ponta Porã

Celestrino foi capturado pela polícia paraguaia na cidade de Horquetas. No Paraguai, o jovem vivia em uma pensão para homens solteiros e chegou a se matricular em um curso do idioma guarani.  Nesta terça-feira (30), ele foi entregue à polícia pelas autoridades do Paraguai e se encontra temporariamente preso no 2º DP de Ponta Porã.
A Polícia Civil aguarda a Justiça decidir o destino de Celestrino, que estava internado na Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã, quando fugiu, no último dia 3 de março.
Na ocasião, ele aguardava transferência para um hospital de custódia, já que tem problemas psiquiátricos.
"Ele esperava ser solto quando completou 18 anos. Acho que a decisão de transferi-lo para um hospital, o motivou a fugir", afirmou Evangelista.
De acordo com o superintendente de Assistência Socioeducativa da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, Hilton Vilassanti, nenhuma clínica psiquiátrica do Estado aceitou a internação de Celestrino.
A busca por vagas em outros Estados também não teve sucesso. Falta de vagas e a periculosidade do jovem foram motivos alegados para a recusa.

Crimes

Em 2008, com apenas 16 anos, Celestrino matou três pessoas -o pedreiro Catalino Gardena, 33, a frentista Letícia Neves, 24, e a estudante Gleice Kelly da Silva, 23-- esfaqueadas ou estranguladas. Todas tiveram os corpos colocados em forma de cruz.
O jovem se considerava uma espécie de justiceiro, elegendo suas vítimas depois de interrogá-las sobre a crença em Deus e sobre a vida sexual.
Para Celestrino, pessoas consideradas "impuras" deveriam ser mortas. Na época, uma adolescente de 17 anos conseguiu escapar da morte depois de convencer o assassino de que era virgem.



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